
Defesa do pai e madrasta da criança tenta anular julgamento na Justiça
Do Domingo Espetacular

Rede Record
Imagens inéditas mostram machucados em Isabella. Segundo peritos, eles não aconteceram na queda
Isabella morreu em 2008 com cinco anos, depois de cair do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo. Em março de 2010, o júri condenou o pai da menina, Alexandre Nardoni, de 31 anos, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, de 26 anos, pela morte da menina. O casal foi considerado o responsável por asfixiar a criança e joga-la pela janela do sexto do prédio.
As últimas imagens de Isabella mostram a menina minutos antes de morrer. Ela está em um supermercado na companhia dos dois irmãos, do pai e da madrasta. Aparentemente, não há nada de errado com a família. [Veja o vídeo abaixo]
O casal acusado afirma que uma pessoa teria invadido o apartamento e jogado a menina pela janela. Segundo a polícia, porém, detalhes importantes foram sendo revelados desde o início da investigação. Registros do telefone mostraram que logo depois da queda, com a menina ainda com vida, o casal preferiu telefonar para os pais do que para socorro.
No dia do crime, dezenas de ligações foram feitas para a Polícia Militar e para os Bombeiros. Nenhuma delas, porém, foram feitas pelo pai e madrasta da vítima. A falta de gestos que pudessem salvar a vida de Isabella chamou ainda mais a atenção dos investigadores.
A desconfiança só aumentou quando os investigadores encontraram gotas de sangue no apartamento. Segundo a polícia, já na entrada do apartamento, os agentes encontraram gotas, todas pequenas. Pela distância de uma gota a outra já era possível concluir que a pessoa que estava ferida, da qual estava caindo aquele sangue, estaria provavelmente no colo de uma pessoa adulta. Isso porque a distância de uma gota a outra era de uma passada de uma pessoa adulta. No carro do casal, mais sangue foi encontrado.
A desconfiança só aumentou quando os investigadores encontraram gotas de sangue no apartamento. Segundo a polícia, já na entrada do apartamento, os agentes encontraram gotas, todas pequenas. Pela distância de uma gota a outra já era possível concluir que a pessoa que estava ferida, da qual estava caindo aquele sangue, estaria provavelmente no colo de uma pessoa adulta. Isso porque a distância de uma gota a outra era de uma passada de uma pessoa adulta. No carro do casal, mais sangue foi encontrado.
O casal foi intimado para participar da reconstituição do crime. Seria a oportunidade deles justamente apresentarem toda a dinâmica do momento em que desceram do carro. Eles haviam afirmado para a polícia que ficaram algum tempo no carro após deixar Isabella no quarto, esperando um outro carro na garagem diminuir o som para subirem para o apartamento. Então, seria a oportunidade que eles teriam pra mostrar a versão deles. O casal, porém, se recusou a comparecer e até falaram que não fariam prova contra eles próprios.
- Até a gente estranhou porque se você tem a oportunidade de mostrar que está falando a verdade...o fato de você participar você não está fazendo prova contra si.
Em 30 dias, a polícia ouviu mais de 60 testemunhas e preparou o inquérito, que aponta o casal como os assassinos da menina.
Julgamento
Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão a ser cumpridos em regime fechado. Anna Carolina Jatobá recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ambos por homicídio doloso triplamente qualificado. A pena dos dois foi acrescida de mais oito meses por crime de fraude processual (alteraram a cena do crime), que eles poderão responder em regime semiaberto.
Agora o advogado do casal tenta na Justiça anular o julgamento. Três recursos estão sendo analisados pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal.
Se Isabella estivesse viva completaria dez anos no mês que vem.
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